Combatendo e tratando o uso e abuso de álcool

por Tauama de Moraes
CRP 11 - 07100

Quando se fala em dependência química, somos remetidos para as drogas ilícitas, tais como, cocaína, maconha, crack e sempre deixamos esquecido um grande vilão: O álcool.

O álcool, por conta de ser considerado “socialmente aceitável”, nem sequer é considerado uma droga que causa dependência física e psicológica por grande parte da nossa sociedade e seu uso é culturalmente associado ao lazer.

Uma reuniãozinha em casa para os amigos, o happy hour depois de um dia de trabalho ou a balada de sábado à noite, não fazem sentido para a grande maioria das pessoas sem a bebida alcoólica estar presente. Contudo, o que essas pessoas não percebem é que o efeito relaxante das doses iniciais desaparecem com o aumento do consumo.

O efeito químico que num instante transforma o alcoolista em uma pessoa leve, feliz e risonha é o mesmo que o transforma em um indivíduo violento e responsável pela desestruturação de muitas famílias e relações.

Na postagem de hoje falaremos um pouco dessa droga licita, mas que pode vir a causar grandes e sérios problemas para aqueles que não reconhecem fazer o uso abusivo e nocivo do álcool.

USO, ABUSO E DEPENDÊNCIA DE ÁLCOOL

Primeiramente, é importante fazer a distinção entre os termos uso, abuso e dependência. A palavra uso refere-se a qualquer ingestão de álcool. A Organização Mundial de Saúde (OMS) usa o termo baixo risco de uso de álcool, para se referir à ingestão de álcool dentro dos parâmetros médicos e legais, que geralmente não resulta em problemas relacionados à bebida.

O abuso de álcool é um termo geral para qualquer nível de risco, desde a ingestão aumentada até a dependência do álcool. O abuso de álcool produz danos físicos ou mentais à saúde, mesmo na ausência de dependência.

Já a dependência do álcool é uma síndrome que consiste em sintomas relacionados ao funcionamento mental, comportamental e psicológico.

COMO SABER O MOMENTO CERTO DE INTERNAR O DEPENDENTE EM ÁLCOOL

O dependente do álcool pode apresentar alguns sinais que indicam o momento certo de interná-lo, tais como:

  • Dificuldade de se manter no emprego ou na escola;
  • Surtos de agressividade e paranoia;
  • Rotina resumida a atividades que favorecem o acesso às bebidas alcoólicas;
  • Atenuação do raciocínio e do nível de atenção;
  • Pequenos roubos dentro de casa;
  • Desaparecimento por alguns dias.

Na maioria das vezes, quando essas situações acontecem, resolver o problema de forma espontânea é quase impossível, por isso, a melhor saída pode ser recorrer à internação.

COMO FUNCIONA A INTERNAÇÃO

O processo de internação em uma clínica para dependentes em álcool começa quando se percebe a necessidade de buscar uma ajuda maior, em que o dependente possa receber cuidados com eficácia.

Existem três tipos de internação:

Voluntária

A internação voluntária ocorre quando o próprio alcoólatra, consciente da gravidade de sua situação, busca ser internado para tratamento. Esse é um passo muito positivo, já que o envolvimento direto e a dedicação do paciente são grandes diferenciais no processo.

Involuntária

Acontece quando o dependente não assume que tem necessidade do tratamento ou não tem mais condições de saúde para buscar ajuda sozinho. Neste caso, seus familiares, ao notarem que uma intervenção maior se faz necessária, protocolizam um pedido judicial para a internação involuntária.

É importante ressaltar que, para que essa internação seja efetuada, é necessário um laudo médico comprovando sua demanda.

Compulsória

O pedido de internação de um alcoolista é feito pela justiça, ao se constatar que a pessoa está colocando em risco sua própria integridade ou a integridade de outros indivíduos. Nesse caso, o laudo médico também se faz obrigatório.

A BUSCA PELA CLINICA E DO TRATAMENTO

Iniciado o processo de internação, o próximo passo é a busca pelo local mais adequado para prestação de tal serviço e uma série de fatores devem ser levadas em consideração.

Um deles é a abordagem ou o método empregado pela instituição. É importante conhecer acerca do foco da clinica, como a aprendizagem afetiva ou o atendimento psiquiátrico, por exemplo. A partir daí, deve-se escolher aquela abordagem que melhor combina com o caso e com as suas necessidades.

É importante lembrar que, seja qual for a especialização do local, é essencial que ele tenha uma equipe multidisciplinar, com profissionais de áreas diferentes e que proporcionem um atendimento mais completo.

Além disso, também é necessário definir qual modelo de internação é o mais indicado para o dependente naquele momento, e isso deve ser feito com o auxílio de um profissional de confiança.

É válido relembrar que, para um tratamento ser mais completo, ele deve fornecer apoio e cuidados com a saúde física, mental e emocional. O acompanhamento com profissionais, como médicos e psicólogos, deve ocorrer ao longo de toda a internação, inclusive nas recaídas.

Por fim, vale ressaltar como a internação é essencial para o tratamento da dependência do álcool, principalmente quando o caso já estiver mais complicado. Trata-se de uma questão que merece o máximo de atenção e cuidado.

A internação na clínica de alcoolismo é só uma parte do processo: o tratamento deve ser constante, com um acompanhamento permanente para o alcoolista e sua família, mesmo após a saída da clínica.

E então, gostou de nosso conteúdo de hoje? Para saber mais sobre a clínica do alcoolismo ou para obter outras informações, não deixe de entrar em contato conosco e ficar atento as nossas redes sociais. Somos especializados no encaminhamento e tratamento de usuários de álcool e drogas.

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