Junho Turquesa – Conscientização e prevenção da dependência química

por Tauama de Moraes
CRP 11 - 07100

Um dos maiores problemas enfrentados pela saúde pública em nosso país é relacionado ao uso de drogas, que além de prejudicar a saúde dos usuários, são grandes colaboradores para o declínio de muitas famílias, independente de classe social.

Exatamente por conta disso, o mês de junho é dedicado a esse tema que infelizmente se faz presente dentro de muitos lares, mas que ainda é um tabu e dificulta o conhecimento e principalmente o tratamento de muitos adictos.

Mas afinal de contas, o que vem a ser o “JUNHO TURQUESA”? Essa e mais outras informações, você verá no decorrer da postagem de hoje.

O QUE É A DEPENDÊNCIA QUÍMICA

Embora existam variadas conceituações definindo e explicando a dependência química, todas elas são unânimes ao afirmar que a dependência é considerada uma relação alterada entre o indivíduo e seu modo de consumir uma determinada substância química, que pode ser legal ou ilegal.

A dependência química trata-se de uma doença crônica e é caracterizada por comportamentos impulsivos e recorrentes de utilização de uma determinada substância – “droga” – com o intuito de se obter uma sensação de bem estar e de prazer, aliviando sensações desconfortáveis como ansiedade, frustrações, medos, etc.

A tolerância é o primeiro critério relacionado à dependência química. Tolerância é a necessidade de crescentes quantidades de determinadas substância para se atingir o efeito desejado ou, quando não se aumenta a dose, é entendido também como um efeito acentuadamente diminuído com o uso continuado da mesma quantidade da substância. O grau em que a tolerância se desenvolve varia imensamente de acordo com cada substância.

COMPORTAMENTO E DIAGNOSTICO

Existe um padrão de uso reiterado da substância que geralmente resulta em tolerância, abstinência e comportamento compulsivo de consumo da droga. Um diagnóstico de Dependência Química pode ser aplicado a qualquer classe de substâncias.

Os sintomas de dependência podem ser idênticos entre as várias substâncias, variando na quantidade e gravidade de tais sintomas entre uma e outra droga. Os sintomas psíquicos e sociais decorrentes da dependência do fumo, por exemplo, são categoricamente inferiores do que aqueles da dependência ao álcool.

Entende-se por “fissura” o forte impulso subjetivo ou compulsão incontrolável para usar a droga. Embora não seja especificamente relacionada como um critério, a “fissura” tende a ser experimentada pela maioria dos indivíduos com Dependência de drogas (se não por todos).  A dependência é definida como um agrupamento de três ou mais dos sintomas relacionados adiante, ocorrendo a qualquer momento, no mesmo período de 12 meses.

Os indivíduos com uso “pesado” de substancias químicas e estimulantes podem desenvolver níveis gravíssimos de tolerância, por exemplo, como se necessitasse dez vezes mais quantidade depois de algum tempo. Frequentemente, essas dosagens da tolerância seriam letais para uma pessoa não usuária.

Muitos fumantes consomem mais de 20 cigarros por dia, uma quantidade que teria produzido sintomas de toxicidade para uma pessoa que está começando a fumar.

CONVIVENDO COM A DEPENDÊNCIA QUÍMICA

A dependência química representa um impacto profundo em diversos aspectos da vida do adicto e também na de seus familiares e daqueles que estão ao seu redor.

Devido a sua complexidade, é importante que os programas de tratamento sejam realizados de maneira multidisciplinar. Tudo isso para atender às diversas necessidades do adicto, sejam elas relacionadas a aspectos sociais, psicológicos, profissionais e até jurídicas, sendo mais eficaz na alteração dos padrões de comportamentos que o levam ao uso da droga, assim como seus processos cognitivos e funcionamento social.

Para conservar-se  livre das drogas, o adicto terá que realizar uma gama de mudanças em seu estilo de vida. Por exemplo, evitar locais e situações que sejam associados ao uso, assim como reaprender a enxergar novas formas de prazer que não estejam relacionadas ao consumo – geralmente, pessoas com problemas com drogas afastam-se todas as formas de lazer, hobbies, relacionamentos, etc, e retomar a uma vida “normal” pode ser uma das mais árduas tarefas no processo de recuperação.

PREVENIR É MELHOR QUE TRATAR

Em se tratando da prevenção de problemas relacionados às drogas, é muito importante que estratégias de prevenção sobre a questão sejam desenvolvidas, incorporando abordagens baseadas em evidências culturalmente apropriadas, com prioridade para jovens e outras populações vulneráveis.

Não existe um modelo de programa perfeito, mas existem diferentes possibilidades de abordar estas questões. O que vem se constatando ao longo dos anos é que terão mais sucesso as ações que contemplam abordagens multidisciplinares, ou seja, trabalho e estudo em equipe de profissionais de diversas áreas e especialidades.

Em relação à prevenção de reincidências, sugere-se que o paciente mantenha o acompanhamento com profissionais especializados e que sempre avaliem a proposta terapêutica, verificando a necessidade de ajustes.

Participar de sessões de psicoterapia (principalmente com abordagens comportamentais) podem oferecer estratégias para que o adicto consiga lidar com situações de alto risco ou forte desejo de consumir a droga, além de maneiras de evitar e prevenir recaídas.

A IMPORTÂNCIA DO “JUNHO TURQUESA” PARA DAR VISIBILIDADE Á DEPENDÊNCIA QUÍMICA COMO PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA

A campanha Junho Turquesa tem como objetivo principal dar visibilidade ao problema da dependência química, buscando alertar a população para essa triste realidade.

A OMS – Organização Mundial da Saúde – estima que cerca de quinhentas mil pessoas morrem, por ano, no Brasil, em decorrência ao uso de drogas. O álcool é um dos maiores causadores de acidentes em veículos, chegando a ser responsável por 79% dos sinistros nas ruas e estradas.

Durante todo o mês de junho, ações são realizadas a fim de sensibilizar a população, autoridades e os profissionais da área para os sintomas desse problema, fazendo-os entender que isso também é uma questão de saúde pública.

É importante esclarecer que infelizmente essa campanha não é reconhecida nacionalmente. Por conta disso, a CASA DESPERTAR vem trabalhando para que isso aconteça o mais rápido possível.

Que tal ajudar a espalhar a onda turquesa durante esse mês de junho? Você pode compartilhar esse conteúdo com alguém que você ama e esteja passando por essa difícil situação ou tenha algum ente querido vivenciando esse problema.

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