Quero ajudar um dependente químico que não quer ajuda: O que devo fazer?

por Tauama de Moraes
CRP 11 - 07100

Não assumir que a dependência química é um vício e que é necessário pedir ajuda é um fato característico da maioria das pessoas que estão passando pela triste situação da dependência química.

Em alguns casos, o adicto até chega a assumir que os seus hábitos estão prejudicando a sua vida, mas, ao mesmo tempo, acredita que pode parar com o vício quando quiser, sem precisar contar com a ajuda da sua família e muito menos de uma equipe de especialistas.

A postagem de hoje é direcionada para você, familiar, amigo ou companheiro de um dependente químico que atualmente encontram-se destruindo a própria vida e que mesmo assim não aceita a sua ajuda. Fique conosco até o final e veja dicas de como agir para ajudar o seu ente querido.

Primeiras atitudes a serem tomadas

Ajudar um dependente químico que recusa ajuda é uma batalha ainda mais árdua, por conta disso, antes de entrar em campo, é necessário que você se fortaleça para que não haja falhas:

  • Ajude-se para poder oferecer ajuda;
  • Busque conhecer por qual substancia química o seu ente querido encontra-se fazendo uso abusivo. (Cada substância oferece peculiaridades psíquicas e comportamentais);
  • Procure apoio profissional;
  • Fortaleça-se psicologicamente para saber lidar com chantagens e pressões emocionais.

Essas atitudes servem para que você possa controlar os seus próprios sentimentos, buscando resolver o problema de uma maneira correta.

Escolha o momento certo para oferecer ajuda

O melhor momento para se falar com uma pessoa que encontra-se fazendo uso abusivo de drogas é quando ela não está sob o efeito dessas substâncias químicas

Perceba cuidadosamente o momento em que o adicto estiver mais tranquilo e aberto ao diálogo. Fale de maneira carinhosa sobre a sua preocupação com os rumos que a vida dele vem tomando, apontando as perdas que o mesmo vem colecionando desde que iniciou o vício.

Não o acuse ou faça julgamentos que possam fazer com que ele te enxergue como inimigo e preocupe-se em demonstrar os efeitos nocivos que as drogas estão proporcionando à sua vida.

Os dependentes químicos têm uma grande carga de dramaticidade com o intuito de poder persuadi-lo de que vai abandonar o vício sozinho. Por isso, é importante que a pessoa escolhida para fazer a intervenção seja alguém a quem o depende respeite, confie e sinta muito carinho. Isso aumenta as chances de reflexão sobre a própria condição.

Independentemente de qualquer situação, não seja cúmplice do vício

O apoio e a ajuda da família, companheiros e amigos são fundamentais para que os dependentes iniciem um tratamento. Entretanto, muitas pessoas acabam, mesmo sem intenção, agindo como aliados do consumo e dos comportamentos inadequados do ente querido, por medo de fazê-lo sofrer.

Contudo, agir dessa maneira faz com que você se torne cúmplice do vício, mesmo que involuntariamente, e as possibilidades de tratamento vão se extinguindo até que o pior aconteça.

Não ceda ao sentimento de culpa

É importante que o adicto saiba que não está sozinho para lidar e enfrentar o tratamento. A coragem para procurar ajuda e passar por uma reabilitação costuma aumentar quando se tem o incentivo e o apoio das pessoas que o amam.

Entretanto, se todo o diálogo não surtir efeito para que o adicto procure voluntariamente por um tratamento e a situação já esteja muito complexa, é chegado o momento de optar por uma internação compulsória ou involuntária.

Não se sinta culpado! Muitos adictos chegam a uma condição tão elevada de dependência, que perdem a capacidade de ponderação quanto à própria segurança e a dos outros, por isso, a melhor solução é intervir para o bem de todos os envolvidos.

Como acontecem as internações

Existem três tipos de internação que se aplicam de acordo com o grau de consciência do adicto.

Internação Voluntária

A internação voluntária é aquela realizada com o consentimento do dependente químico, o qual deve assinar uma declaração de que é de sua espontânea vontade ser internado em uma clínica.

Essa modalidade de internação acontece quando há uma solicitação formal do dependente ou do médico responsável pelo acompanhamento do caso.

Internação involuntária

É o tipo de internação aplicado após a emissão de um laudo médico, para tratamento do adicto que perdeu por completo o discernimento sobre o risco a que está exposto e o perigo que representa para a família e também pessoas com quem se relaciona.

Nesses casos, o excesso de uso das substâncias já atingiu um estágio em que o indivíduo tem sua capacidade psíquica completamente comprometida e não consegue, por si só, buscar um tratamento.

Essa modalidade de internação é acionada exclusivamente por familiares com vínculo de parentesco consanguíneo, ou seja os cônjuges não detêm essa permissão.

Internação compulsória:

Para que essa modalidade venha a acontecer, é necessário que seja expedida uma ordem judicial de internação, independe da vontade do adicto.

Em regra, essa ordem judicial representa a resposta do juiz a uma solicitação feita por um médico, e pode ou não ser requerida pela família. A internação compulsória também pode ser uma alternativa de medida cautelar quando um crime foi cometido por alguém que se encontrava sob o efeito de drogas.

Nessa hipótese de internação, também haverá necessidade da existência de laudo médico comprovando a necessidade do tratamento. Somente após análise do parecer e das condições de segurança do estabelecimento é que o juiz expedirá a ordem determinando a internação do indivíduo.

Não é fácil, mas vale a pena

Quando se trata de alguém que amamos muito, todos os esforços, por maiores que sejam, se tornam mínimos, principalmente quando temos a certeza de que ao final sairemos vitoriosos.

A batalha contra a dependência química é árdua, mas diferentemente das demais doenças, sabemos que a mesma tem tratamento. Para alguns, a reabilitação acontece de forma mais rápido e para outras é um pouquinho mais demorada. Porém, recebendo os cuidados apropriados, o seu ente querido voltará a conviver em sociedade livre do vício.

Sabemos que não é impossível que com tratamentos alternativos o adicto até possa conseguir a libertação do vício, contudo, a ajuda de uma clínica de reabilitação é comprovadamente eficaz e torna o processo mais rápido e seguro, além de diminuir os riscos de reincidência.

Nós da CASA DESPERTAR contamos com uma equipe multidisciplinar de médicos generalistas e psiquiatras, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais e educadores físicos focados na reabilitação do seu ente querido.

Nossa excelente estrutura física, a melhor do norte e nordeste, é acolhedora e apropriada para oferecer todo o conforto e comodidades para facilitação do tratamento.

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2 respostas para “Quero ajudar um dependente químico que não quer ajuda: O que devo fazer?”

  1. Avatar JUSSARA DALEFFE disse:

    gostei demais porém sou do paraná mas nada impede de se o contato for mais esclarecedor valerá o esforço
    tenho um filho com problemas de cocaína temos o plano da cassi gostaria de mais informações

  2. Avatar Clinica Vitta disse:

    muito boa essa materia

    http://www.clinicavitta.org

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  • Avatar JUSSARA DALEFFE disse:

    gostei demais porém sou do paraná mas nada impede de se o contato for mais esclarecedor valerá o esforço
    tenho um filho com problemas de cocaína temos o plano da cassi gostaria de mais informações

  • Avatar Clinica Vitta disse:

    muito boa essa materia

    http://www.clinicavitta.org

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